sábado, 1 de novembro de 2014

A anemia ferropriva e o PNSF



 “O Ferro é um dos micronutrientes mais estudados e melhor descritos na literatura, o qual desempenha importantes funções no metabolismo humano, tais como transporte e armazenamento de oxigênio, reações de liberação de energia na cadeia de transporte de elétrons, conversão de ribose a desoxirribose, co-fator de algumas reações enzimáticas e inúmeras outras reações metabólicas essenciais.”

Em 2006, uma análise realizada pela PNDS constatou que a prevalência de anemia ferropriva era de 20,9% em crianças menores de cinco anos e de 29,4% em mulheres em idade fértil. Entre as crianças, a região Nordeste apresentou a maior prevalência (25,5%) e a Norte, a menor (10,4%). Além disso, a pesquisa apontou maior percentual de anemia em crianças com idade inferior a 24 meses (24,1%), quando comparadas a crianças com idades entre 24 e 59 meses (19.5%), com a doença se manifestando predominantemente em áreas urbanas.

A anemia ferropriva na maioria das vezes ocorre como consequência de um longo período de carência de ferro, quando os estoques do organismo já foram utilizados. Em geral, já aparece de forma moderada, com os sintomas mais frequentes: apatia, palidez, fadiga, irritabilidade, diminuição da capacidade física e dor de cabeça. Alguns estudos relatam alterações gastrointestinais, alterações no desenvolvimento psicomotor e cognitivo e diminuição da função imunológica, com aumento da frequência e duração das infecções.
Para corrigir o problema nacional da carência de ferro, em maio de 2005, o Governo Federal criou o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), que prevê a distribuição de ferro, de forma universal e gratuita, a todas as crianças, gestantes e mulheres no pós-parto e pós-aborto, nas Unidades Básicas de Saúde, juntamente com a fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico. Além disso, o público assistido pelo programa deve ser orientado acerca de uma alimentação saudável, da importância do consumo de alimentos fontes do nutriente (carnes, leguminosas, verduras de folha verde escura) e sobre alimentos facilitadores ou dificultadores da absorção do mesmo.

O acompanhamento no caso das crianças deve ser feito através da Caderneta de Saúde da Criança, que possui espaços específicos para registro da distribuição de suplementos. De forma a melhorar a palatabilidade do sulfato ferroso e reduzir os efeitos colaterais, foi desenvolvido por Farmanguinhos/Fiocruz um xarope de sulfato ferroso com gosto de fruta cítrica (laranja), na concentração de 25mg de ferro para 5ml do produto. Já para as gestantes e mulheres até o 3º mês pós-parto o suplemento é disponibilizado na forma de comprimidos de sulfato ferroso.

Fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842010000800008&script=sci_arttext
http://www.medicina.ufmg.br/rmmg/index.php/rmmg/article/viewFile/26/21
http://nutricao.saude.gov.br/docs/geral/manual_ferro.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pnds/anemia.php
http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/anemia-ferropriva/

8 comentários:

  1. Anemia é uma condição na qual o organismo não possui glóbulos vermelhos saudáveis em quantidade suficiente. O ferro é um componente importante na formação dos glóbulos vermelhos. Quando o organismo não possui ferro suficiente, ele produzirá menos glóbulos vermelhos ou glóbulos vermelhos muito pequenos. Essa forma é denominada anemia por deficiência de ferro ou anemia ferropriva. A anemia nutricional por carência de ferro é um problema de Saúde Pública, que consiste na deficiência nutricional de maior magnitude no mundo, acometendo todas as fases do ciclo de vida e que no Brasil acomete em torno de 21% das crianças menores de 5 anos e de 30% de gestantes. Em crianças, a anemia está associada ao retardo do crescimento, ao déficit cognitivo e à baixa resistência a infecções, e nas gestantes está relacionada ao baixo peso ao nascer e ao incremento da mortalidade perinatal. Diante disso, o governo criou o programa nacional de suplementação de ferro. Sendo, portanto, uma medida importante que prevê diminuir a anemia ferropriva.

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  2. A anemia ferropriva, por falta de ferro, é um dos distúrbios nutricionais que mais têm aumentado no mundo - um dos motivos para isso é o alto consumo de produtos industrializados, pobres em nutrientes. Porém, por outro lado, alguns setores da indústria têm acrescentado ferro em alguns alimentos, como cereais, leite e iogurtes, por exemplo. No Brasil, onde o índice de anemia é alto, as farinhas devem ter obrigatoriamente ferro, o que consequentemente faz com que pães, bolos, doces também tenham. Como foi dito o PNSF prevê a distribuição de ferro, de forma universal e gratuita, a todas as crianças, gestantes e mulheres no pós-parto e pós-aborto, nas Unidades Básicas de Saúde que conformam a rede do SUS, em todos os municípios brasileiros. A suplementação de ferro em doses profiláticas faz parte da Ação Brasil Carinhoso, que tem como objetivo o combate à miséria na primeira infância (crianças até 6 anos).
    Fonte: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2628%3Aacao-programa-nacional-de-suplementacao-de-ferro-pnsf&catid=623&Itemid=465
    http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/10/entenda-importancia-do-ferro-para-saude-e-como-o-organismo-o-absorve.html

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  3. A ocorrência da anemia ferropriva em crianças está ligada a vários fatores, dentre eles a própria ingestão deficiente de ferro, que resulta em uma série de complicações ao organismo. A Organização Mundial da Saúde estima que metade da população com menos de cinco anos nos países em desenvolvimento sofrem de anemia ferropriva. A grande incidência e prevalência deste tipo de anemia devem desprender atenção da saúde pública para melhorar e garantir a qualidade de vida às crianças. É necessário atuar de forma preventiva em relação à anemia ferropriva e deficiência de ferro em crianças, bem como alertar os profissionais da saúde quanto ao diagnóstico precoce, profilaxia e tratamento. Nenhuma criança é imune à deficiência de ferro, sendo a anemia neste grupo
    decorrente de vários fatores que incluem: crianças menores de 24 meses de idade com uma dieta exclusivamente láctea juntamente com a introdução dos alimentos de transição de forma inadequada; a utilização de fórmulas pobres em ferro bem como a preferência delas por alimentos com pouco ferro; dieta totalmente vegetariana; a prevalência de doenças infectocontagiosas; a utilização precoce do leite de vaca; verminoses. Estes fatores contribuem para diminuir as reservas de ferro do organismo podendo levar a um quadro de anemia ferropriva.
    Referência: https://www.inesul.edu.br/revista_saude/arquivos/arq-idvol_7_1338214633.pdf

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  4. A anemia ferropriva é determinada por uma ampla variedade de fatores, que
    podem apresentar-se isolados, porém mais frequentemente, coexistentes. Dentre os principais fatores determinantes da anemia destacam-se o baixo nível socioeconômico; a baixa escolaridade dos pais; a falta de uma assistência adequada à saúde; a idade, sendo mais prevalente nas crianças menores de 24 meses; o baixo peso ao nascer; a prematuridade; o desmame precoce, associado à introdução precoce do leite de vaca e a baixa biodisponibilidade de ferro na alimentação complementar; infecções repetidas e a desnutrição. Independentemente das causas que determinam o estado anêmico, as principais consequências da anemia por deficiência de ferro em crianças são o déficit no desenvolvimento psicomotor e na função cognitiva, e maior suscetibilidade às infecções. Além disso, é importante ressaltar que essas crianças, mesmo após o tratamento da anemia apresentam prejuízos no desenvolvimento cognitivo aos cinco anos e também após dez anos de tratamento da anemia. Diante desse quadro, têm sido recomendado três estratégias para a redução da prevalência dessa carência nutricional: a modificação dietética com finalidade de aumentar a biodisponibilidade do ferro da alimentação, a suplementação medicamentosa e a fortificação de alimentos, sendo que essas medidas podem ser implementadas isoladamente ou combinando-se umas com as outras. Dentre essas medidas, a fortificação alimentar é considerada como a solução mais prática e de melhor custobenefício, principalmente para regiões nas quais há grande prevalência de anemia ferropriva.

    http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-8KUK3Z/daniela_da_silva_rocha2.pdf?sequence=1

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  5. A anemia ferropriva é um problema que pode acometer qualquer pessoa, independente da classe social, porém existem grupos de pessoas que são enquadrados como de risco, incluindo-se aí mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e crianças. Esses grupos recebem uma atenção específica do sistema de saúde, inclusive com políticas de atenção especial como o Programa Nacional de Suplementação de Ferro. Além disso, como dito em outras oportunidades nesse blog, existe a fortificação de ferro em vários alimentos, que tem ajudado diminuir os casos graves de anemia ferropriva.

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  6. A postagem apresentou de uma forma muito interessante, um tema que relaciona intimamente a saúde, a bioquímica, e a política brasileira, que foi a Anemia Ferropriva e o PNSF. É sabido que o Ferro desempenha funções bioquímicas importantes no nosso organismo, tais como armazenamento e transporte de oxigênio, reações de liberação de energia na cadeia de transporte de elétrons, conversão de ribose a desoxirribose, co-fator de algumas reações enzimáticas e inúmeras outras reações metabólicas essenciais. Uma das doenças ligadas à essas substância, é a anemia, que é uma condição na qual o organismo não possui glóbulos vermelhos saudáveis em quantidade suficiente. O ferro é um componente importante na formação dos glóbulos vermelhos, e quando o organismo não possui em quantidade suficiente, ele produzirá menos glóbulos vermelhos ou glóbulos vermelhos muito pequenos, além de que, sem o Ferro, o sangue não consegue transportar oxigênio de maneira eficaz. Essa forma é denominada anemia por deficiência de ferro, e que é a anemia mais comum.
    Em função disso, programas como o programa Bolsa Família, que por meio da ajuda governamental, possibilitam que as pessoas tenham acesso à alimentação, e, em consequência, a alimentos ricos em ferro, é uma medida eficiente em prol da saúde do povo brasileiro. Aguardo novas postagens sobre o assunto.

    Fonte:
    http://www.minhavida.com.br/saude/temas/anemia-ferropriva

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  7. A anemia é um agravo frequente nas crianças e de suma importância pois pode afetar significativamente o seu crescimento e desenvolvimento. Ela pode ser definida como o estado em que a concentração de hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, como os folatos, proteínas, cobre, vit B12, mas principalmente pela carência de ferro. Estima-se que 90% de todas as anemias no mundo sejam decorrentes de deficiência de ferro, daí a importância do consumo de alimentos ricos nesse nutriente e da sua suplementação nas crianças e gestantes.
    FONTE: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/abcad20.pdf

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