sábado, 18 de outubro de 2014

O retinol e o Programa Nacional de Suplementação da Vitamina A



Nessa semana, iremos abordar no blog o retinol (ou vitamina A) na alimentação infantil e o Programa Nacional de Suplementação de vitamina A (PNSA)
A vitamina A é um composto lipossolúvel que pode ser encontrado no leite materno, fígado, gema de ovo, frutas oleaginosas (como buriti, dendê, pequi), hortaliças verde-escuras, legumes e frutas amarelo alaranjados (como abóbora, cenoura, manga, mamão, etc) e que é fundamental para o estabelecimento de uma saúde plena, principalmente entre as crianças.




Ela tem como funções ajudar no bom funcionamento dos olhos, reduzir a gravidade de infecções comuns em crianças e auxiliar no seu desenvolvimento e crescimento. A reserva adequada de vitamina A reduz em 24% a mortalidade infantil, 28% da mortalidade por diarreia e 45% da mortalidade por todas as causas em crianças HIV positivo.
Como o organismo não produz tal vitamina, toda a nossa necessidade diária deve ser obtida através dos alimentos. Crianças com desnutrição energético-proteica, menores de 6 meses que não são alimentados exclusivamente com leite materno e lactantes que não possuem aporte adequado de vitamina A são as pessoas mais vulneráveis a deficiências de retinol. De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde – PNDS (2006), a prevalência de deficiência dessa vitamina é de 17,4% em crianças menores de cinco anos e de 12,3% em mulheres em idade fértil.
Essa deficiência de vitamina A (DVA) pode se apresentar de duas formas:
“- A DVA clínica (xeroftalmia) é definida por problemas no sistema visual, atingindo três estruturas oculares: retina, conjuntiva e córnea, tendo, como consequência, a diminuição da sensibilidade à luz até cegueira parcial ou total. A primeira manifestação funcional é a cegueira noturna, que constitui a diminuição da capacidade de enxergar em locais com baixa luminosidade. 


- A (DVA) subclínica é definida como uma situação na qual as concentrações dessa vitamina estão baixas e contribuem para a ocorrência de agravos à saúde, como diarreia e morbidades respiratórias. À medida que as reservas de vitamina A diminuem, aumentam as consequências de sua deficiência. Nesta fase, a suplementação com vitamina A pode reverter a condição subclínica e impedir o avanço da deficiência para a forma clínica”
Retirado de: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_vitamina.pdf


 O Programa Nacional de Suplementação de vitamina A


Para solucionar a carência de vitamina A nas populações mais vulneráveis, além de promover uma alimentação saudável e incentivar o aleitamento materno, em 2005 o Governo Federal implantou o programa de suplementação da vitamina A em áreas consideradas de risco.
 O programa consiste em administrar megadoses da vitamina para crianças de 6 a 59 meses de idade residentes nas Regiões Norte e Nordeste e em municípios do Plano Brasil sem Miséria das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Também foram contempladas no programa as puérperas (mulheres no pós-parto imediato) residentes nos Estados da Região Nordeste, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, de Minas Gerais, município de Nova Odessa, em São Paulo, e alguns municípios da Amazônia Legal.


O Ministério da Saúde adquire os suplementos de vitamina A de forma centralizada e encaminha a todos os Estados, que, por sua vez, são responsáveis pela distribuição aos municípios. A distribuição é realizada de forma universal e gratuita às unidades de saúde que conformam a rede do SUS. Além disso, o público assistido é também orientado acerca de uma alimentação saudável e sobre a importância do consumo de alimentos que sejam fontes de vitamina A.

Fontes: http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=304
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34189-saude-da-crianca-conheca-a-importancia-da-suplementacao-da-vitamina-a            
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_vitamina.pdf
http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2626%3Aacao-programa-nacional-de-suplementacao-de-vitamina-a-pnsa&catid=623&Itemid=465
http://www.tuasaude.com/alimentos-ricos-em-vitamina-a/

9 comentários:

  1. Embora as vitaminas sejam substâncias essenciais ao organismo, a maioria dos animais não consegue produzi-las em quantidade suficiente, ou não as produz. Por esse motivo, a ingestão de alimentos que as contenham é necessária. Sendo o programa "vitamina A mais" da atenção básica, que faz parte da promoção e prevenção da saúde. Ele tem a intenção de evitar a deficiência de vitamina A, impedindo a ocorrência de consequências graves como diarreias e morbidades respiratórias. Como também, promove a saúde, pois a vitamina A é um importante oxidante que protege células contra radicais livres. Dessa forma, esse programa se mostra uma forma eficiente e simples de prevenção, diminuindo os gastos públicos na parte curativa da saúde.

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  2. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera grave a prevalência da deficiência de vitamina A quando os níveis encontram-se acima de 20%. Como foi dito a quantidade adequada de vitamina A é capaz de reduzir em 45% a mortalidade por todas as doenças em crianças HIV positivo. Estudos recentes mostraram que quando uma gestante HIV positivo possui a quantidade adequada de vitamina A em seu organismo a probabilidade de transmissão do vírus para o filho diminui. Ademais, a reserva adequada de vitamina A reduz em 40% os casos de mortalidade materna e em 23% os de mortalidade infantil.

    Fontes: http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=304

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  3. Sem dúvida, a vitamina A desempenha uma série de funções importantíssimas que contribuem para o bom funcionamento do organismo. Nos recém-nascidos a ingestão desse nutriente é proveniente diretamente do leite materno, que ajuda a reduzir a mortalidade infantil e quadros de diarreia, por exemplo, como o post aborda. Uma descoberta interessante, que foi feita por uma equipe internacional liderada por portugueses, mostrou que a deficiência de vitamina A durante a gravidez prejudica a resposta imunitária por impedir a formação normal de gânglios linfáticos durante o desenvolvimento embrionário.Além disso, é relevante a atuação do programa de suplementação de vitamina A, implantada pelo governo federal, visto que procura solucionar o problema da carência desse nutriente nas populações mais necessitadas.
    Referência:http://www.publico.pt/ciencia/noticia/vitamina-a-durante-a-gravidez-e-essencial-para-um-sistema-imunitario-saudavel-nos-filhos-1628953#/0

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  4. A deficiência da vitamina A, como colocado, tem grande relevância epidemiológica, está relacionada de alguma forma com a mortalidade infantil em países em desenvolvimento, e é mais comum em regiões mais pobres. Pesquisas indicam que crianças com xeroftalmia têm mais chances de adquirir diarreia e doenças respiratórias, agravos que podem agravar o estado de saúde da criança. Em trabalho publicado em 2002, estima-se que mais 250 mil crianças por ano evoluíam com cegueira irreversível por causa da deficiência dessa vitamina. No Brasil, a suplementação de Vitamina A faz parte do calendário dos serviços de saúde, e, aliada à fortificação de alguns alimentos com essa vitamina, dentre outros fatores, constitui uma estratégia que vem melhorando o panorama de saúde infantil no Brasil.
    Fonte
    Sousa WA, Boas OMGCV. A deficiência de vitamina A no Brasil: um panorama. Revista Panamericana de Salude Pública, 2002.

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  5. O blog, como nas vezes anteriores, trouxe um tema de grande relevância para a Bioquímica e a saúde: A vitamina A, que, como muito bem mostrou a postagem, é importante, pois ajuda no bom funcionamento dos olhos, a reduzir a gravidade de infecções comuns em crianças e auxiliar no seu desenvolvimento, além de ter um papel na diminuição da taxa de mortalidade infantil. A vitamina A, também denominada retinol, é um micronutriente, lipossolúvel e uma das mais importantes. Ela é facilmente transformada no organismo humano em ácido retinóico (sua forma ativa), sendo que esta substância existe em duas principais formas: all-trans retinoic acid (ATRA, o mais importante) e 9-cis retinoic acid (9-cis RA). É importante que a grávida receba as quantidades corretas de vitamina A, pois a mesma é importante para o crescimento embrionário. A substância contribui para o desenvolvimento dos ombros, formação do coração, olhos e ouvidos, e regula a expressão do gene para a formação do hormônio do crescimento, o GH. Desta forma, medidas como a do Ministério da Saúde, que anunciou a disponibilização de doses de vitamina A para crianças entre seis meses e cinco anos de idade, são mais do que essenciais.

    Referências:
    http://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17627-vitamina-a-e-essencial-para-a-visao-e-o-crescimento
    http://www.infoescola.com/bioquimica/vitamina-a/
    http://www.unimedribeirao.com.br/noticias/Ultimas-Noticias/NDQ1/Doses-de-Vitamina-A-serao-fornecidas-pelo-Governo-para-criancas

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. A hipovitaminose A ainda é um grande problema de saúde pública em vários países em desenvolvimento,inclusive o Brasil. A deficiência de vitamina A (DVA) ocorre principalmente em pré-escolares, estando bastante associada à deficiência proteico-calórica e podendo, nos casos mais
    avançados, levar à cegueira parcial ou total. É uma doença carencial que aparece principalmente entre os grupos de baixo nível socioeconômico que se alimentam mal e vivem em condições sanitárias pouco satisfatórias. A qualidade alimentar é de extrema importância para o amadurecimento das
    estruturas neurológicas que favorecem o processo de aprendizagem; contudo,as crianças brasileiras em geral chegam à escola com problemas de desnutrição crônica. Portanto, a escola tem um papel relevante na orientação para o aumento da ingestão de vitamina A. Estudos relacionados em vários países apontam ainda que a hipovitaminose A pode estar relacionada ao desmame precoce, consume inadequado de alimentos fonte de vitamina A pré-formada ou carotenoides e também a pobreza e tabus alimentares. É importante também sabermos detectar e reconhecer a presença da hipovitaminose A dentre os indicadores existem os clínicos e os bioquímicos. Os indicadores bioquímicos são o retinol sérico - é uma proteína carreadora conhecida pela sigla RBP (retinol-binding protein) que carreia a vitamina A no organismo.O nível de retinol sérico está sob controle homeostático e reflete as reservas corporais somente quando estas são muito baixas ou muito altas. Nesse sentido, a concentração sérica do retinol não é um bom indicador para diagnóstico da deficiência de vitamina A em indivíduos; e a concentração de vitamina A no leite materno - este indicador provê informação sobre o estado nutricional em relação à vitamina A da mãe e do bebê amamentado. A secreção de vitamina A no leite materno está diretamente relacionada ao estado de vitamina A da mãe, ressaltando-se que os recém nascidos têm baixos estoques dessa vitamina. Eles dependem das concentrações de vitamina A do leite materno para acumular e manter estoques adequados até que a alimentação complementar forneça quantidades adicionais da vitamina suficientes para manter requerimentos dessa fase de crescimento.

    http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v12n3/12871.pdf
    http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/abcad20.pdf

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  8. As vitaminas são compostos de grande importância para o funcionamento do organismo, pois atuam como cofatores em diversas reações. Desse modo, sua importância é ainda maior para as crianças, pois estas estão ainda em fase de crescimento, e a carências dessas substâncias pode ocasionar grandes prejuízos ao desenvolvimento infantil. Assim, são extremamente importantes os programas de suplementação de Vitamina A, por meio das megadoses administradas a cada 6 meses nas crianças de 6 a 59 meses. Os benefícios da Vitamina A são enormes, e envolvem o reforço do sistema imunológico e contribuições na formação da pele, cabelos e na visão.

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